SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Substâncias Psicoativas podem ser descritas como sendo aquelas que ao entrarem em contato com o organismo, sob diversas vias de administração, atuam no sistema nervoso central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora sendo, portanto, passíveis de auto-administração (OMS, 1981). Ainda, segundo OLIVENSTEIN (1982), são substâncias utilizadas na busca de alívio de tensões internas, como angústia ou tristeza.
As duas definições, embora não excludentes, trazem dois aspectos fundamentais na área da drogas: a ação química do produto e a motivação individual para utilizá-lo.
Quanto a definição de Droga, podemos citar: “Droga é qualquer substância química ou a mistura delas (à exceção daquelas necessárias para a manutenção da saúde, como, por exemplo, água e oxigénio), que altera a função biológica e possivelmente a sua estrutura (OMS, 1997, cit. in Fernandes, p.10).
Para compreender as relações do indivíduo com estas substâncias, segundo a OMS (1974), os principais motivos para experimentação podem passar por:
a -satisfação de curiosidade a respeito dos efeitos das drogas ;
b - necessidade de participação em um grupo social ;
c - expressão de independência ;
d - ter experiências agradáveis, novas e emocionantes ;
e - melhora da “criatividade”;
f - favorecer uma sensação de relaxamento ;
g - fugir de sensações / vivências desagradáveis .
E ainda segundo a OMS (1981), os principais fatores de riscos para o consumo dessas substâncias são:
a - indivíduos sem adequadas informações sobre os efeitos das drogas ;
b - com uma saúde deficiente ;
c - insatisfeitos com sua qualidade de vida ;
d - com personalidade deficientemente integrada ;
e - com fácil acesso às drogas .
Na classificação das substâncias psicoativas, fica em contexto subjetivo, sob vários pontos de vista, como por exemplo a classificação legal que é de utilidade limitada em contexto clinico. Há uma divisão em substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, impingindo uma noção jurídica do que é proibido e do que é permitido dentro de uma tal sociedade e do seu tempo. Há portanto necessidade de revisões daquilo que é compreensível e compatível com os valores e necessidades contemporâneas.