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Crenças, Expectativas e Craving
Crenças, Expectativas e Craving

CRENÇAS, EXPECTATIVAS E CRAVING

         - Crenças:

Quando se aborda o tema de crenças, há de se ter em conta vários fatores, como por exemplo o fator cultural. Desta forma conclui-se que as crenças e expectativas estão intimamente ligadas a comunicação. A forma de como esta comunicação é transmitida e recepcionada, uma informação que é moldada de acordo com a interpretação das situações pois, de certeza que estas irão influenciar as suas emoções, motivações e comportamento. As etiologias das disfunções psicológicas, numa perspectiva cognitiva, encontram-se na forma de como os indivíduos conceptualizam a realidade e nos mecanismos de processamento da informação que lhe estão associados (GONÇALVES, 1993).


         A crença em relação a substâncias psicoativas está evidente nas situações sociais como possíveis desencadeadoras que denota uma hipersensibilidade não imunológica para uma determinada substância, ou seja, a crença de que a substância não possui efeito prejudicial pois a dose não é suficientemente tóxica, ou ainda, reações à indiferença ou até mesmo as não reações, condição mental única e específica sobre um comportamento, como este reage, percebe e experimentam a situação, “basta uma dose para que eu fique bem, relaxado, satisfeito!”, desta forma o desejo de beber passa por um caminho constituído de vulnerabilidade para o consumo abusivo do álcool, estimulando o craving (BECK e Cols. 1993). Beck (1993), percepciona as crenças aditivas que remetem a um pensamento de etiologia em um ou mais esquemas disfuncionais e a sua sequência da ativação dos esquemas nucleares.


         Em suma, podemos interpretar como um problema de crenças aditivas decorrentes da história de vida, agentes stressores que levam a ter emoções negativas com sentimentos de ira, ansiedade, frustrações, passando assim as crenças aditivas possuidoras de um potencial argumento que o leva a justificar a ação, despoletando o craving, valorizando a substância, na busca de encontrar o alívio e o prazer desejado.


         Um outro modelo completo do uso do álcool, focando situações de estímulos internos e externos, uma sequência onde se percebe as crenças permissivas ou facilitadoras que levam o individuo a criar estratégias para justificar o consumo e abrindo portas para a recaída (BECK e cols. 1993).


         - Expectativas:

As expectativas se posicionam como uma variável que GOLDMAN e cols. (1987) foca-se numa posição intermediaria e de natureza cognitiva com base em conhecimentos, relacionada com acontecimentos objetos presentes no quotidiano do mundo real. Utiliza ainda este termo como uma referência à antecipação sistemática da relação entre o acontecimento em contextualização “se”, ou seja, perante um certo acontecimento espera-se a resposta em forma de consequência. Os mesmos autores definem ainda o termo espectativa como “a probabilidade construída pelo individuo que um reforço particular ocorrerá em função de um seu comportamento específico numa situação específica”.


         - Craving   

A definição de craving como sendo um desejo irreprimível, com um componente obsessivo e compulsivo, que se introduz nos pensamentos de quem abusa do álcool. Esta definição entre outros modelos teóricos têm tentado explicar de um modo holístico a sensação de craving e um contributo surge com trabalhos de Ludwig (1988), para a aceitação emergente do termo na comunidade científica.

 

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